
A atividade pesqueira no distrito de Passé, em Candeias, continua suspensa por conta da mortandade de peixes registrada na última sexta-feira. Nesta segunda, 24, o assessor técnico José Leal, do Ministério da Pesca, conversou com representantes da Colônia de Pescadores Z-54 para minimizar o prejuízo às famílias. Segundo Leal, uma possibilidade seria cadastrá-las no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
“Pescadores com renda bruta anual de até R$ 110 mil poderão adquirir financiamento bancário para a compra de embarcações e motores, e o ministério avalia uma forma de melhorar a infraestrutura pesqueira, com a construção de um terminal”, afirmou. O Mais Alimentos financiará até R$ 100 mil pagos num prazo de 10 anos a juros de 2% ao ano. Leal não soube informar o número de beneficiados.
Nesta segunda, filas continuaram se formando para o cadastramento de 2 mil moradores pela Prefeitura de Candeias. A espectativa quanto ao recebimento de cestas básicas até agora não foi concretizada, e a Z-54 afirma não ter sido comunicada oficialmente do benefício. “Toda vez que acontece alguma coisa eles fazem esse levantamento, mas nunca conseguiram nada. Há muito tempo quem vive da pesca é prejudicado”, reclama Manoel Paixão, 53.
Presidente da Z-54, Carlos Augusto Santana preferiu não estipular quantas toneladas de pesca foram perdidas, mas uma comissão de pescadores de Passé ouvida por A TARDE no domingo estimou em três toneladas de peixe. O Instituto do Meio Ambiente (IMA) deve divulgar amanhã um laudo técnico que esclarecerá as causas do acidente.
“Aqui tem pessoas que vivem da subsistência mas vendem a sobra, e ninguém está comprando da gente”, lamenta Santana. Segundo ele, foi encontrada grande quantidade de carapeba, robalo, arraia e miroró boiando. Do último fim de semana até agora, no entanto, não foi possível dizer se os animais continuam morrendo. “Depois encontramos mais peixes, mas acreditamos que tenham sido ainda daquela leva”, disse.
Relatos ouvidos por A TARDE ontem revelam que nos municípios de Madre de Deus, Candeias e São Francisco do Conde moradores continuam a encontrar peixes mortos. No domingo, uma equipe de fiscalização do IMA coletou amostras próximo ao local de descarga da indústria química Proquigel, na intercessão do leito dos rios São Paulo com o São Paulinho. Há suspeita de que o impacto ambiental tenha sido provocado pelas atividades da Proguigel e da Dow Química.
Bomba – Apesar de reconhecer que Passé ainda convive com pesca de bomba, Santana acredita que o acidente da última semana tem dimensão maior. “Pela quantidade de peixes você tem certeza de que não foi bomba”, afirma, categórico.
Em 15 de abril deste ano, uma falha na bomba da estação de tratamento de resíduos da Refinaria Landulpho Alves, em Mataripe, provocou o derramamento de 2,3 mil litros de óleo no mar. O acidente atingiu as praias de Coqueiro Grande até Caípe, no litoral dos municípios de São Francisco do Conde e Madre de Deus, além do distrito de Passé, em Candeias, e resultou em multa de R$ 30 milhões à Petrobras.
“Pescadores com renda bruta anual de até R$ 110 mil poderão adquirir financiamento bancário para a compra de embarcações e motores, e o ministério avalia uma forma de melhorar a infraestrutura pesqueira, com a construção de um terminal”, afirmou. O Mais Alimentos financiará até R$ 100 mil pagos num prazo de 10 anos a juros de 2% ao ano. Leal não soube informar o número de beneficiados.
Nesta segunda, filas continuaram se formando para o cadastramento de 2 mil moradores pela Prefeitura de Candeias. A espectativa quanto ao recebimento de cestas básicas até agora não foi concretizada, e a Z-54 afirma não ter sido comunicada oficialmente do benefício. “Toda vez que acontece alguma coisa eles fazem esse levantamento, mas nunca conseguiram nada. Há muito tempo quem vive da pesca é prejudicado”, reclama Manoel Paixão, 53.
Presidente da Z-54, Carlos Augusto Santana preferiu não estipular quantas toneladas de pesca foram perdidas, mas uma comissão de pescadores de Passé ouvida por A TARDE no domingo estimou em três toneladas de peixe. O Instituto do Meio Ambiente (IMA) deve divulgar amanhã um laudo técnico que esclarecerá as causas do acidente.
“Aqui tem pessoas que vivem da subsistência mas vendem a sobra, e ninguém está comprando da gente”, lamenta Santana. Segundo ele, foi encontrada grande quantidade de carapeba, robalo, arraia e miroró boiando. Do último fim de semana até agora, no entanto, não foi possível dizer se os animais continuam morrendo. “Depois encontramos mais peixes, mas acreditamos que tenham sido ainda daquela leva”, disse.
Relatos ouvidos por A TARDE ontem revelam que nos municípios de Madre de Deus, Candeias e São Francisco do Conde moradores continuam a encontrar peixes mortos. No domingo, uma equipe de fiscalização do IMA coletou amostras próximo ao local de descarga da indústria química Proquigel, na intercessão do leito dos rios São Paulo com o São Paulinho. Há suspeita de que o impacto ambiental tenha sido provocado pelas atividades da Proguigel e da Dow Química.
Bomba – Apesar de reconhecer que Passé ainda convive com pesca de bomba, Santana acredita que o acidente da última semana tem dimensão maior. “Pela quantidade de peixes você tem certeza de que não foi bomba”, afirma, categórico.
Em 15 de abril deste ano, uma falha na bomba da estação de tratamento de resíduos da Refinaria Landulpho Alves, em Mataripe, provocou o derramamento de 2,3 mil litros de óleo no mar. O acidente atingiu as praias de Coqueiro Grande até Caípe, no litoral dos municípios de São Francisco do Conde e Madre de Deus, além do distrito de Passé, em Candeias, e resultou em multa de R$ 30 milhões à Petrobras.
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