EMAA - Educação, Meio Ambiente e Administração: Polícia aguarda análise da fita para esclarecer morte em ônibus

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sábado, 4 de julho de 2009

Polícia aguarda análise da fita para esclarecer morte em ônibus


O delegado Antônio Cláudio Oliveira, titular do Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc), vai analisar até segunda-feira, 6, a fita do circuito interno de segurança do coletivo em que foi assassinato, na quinta-feira, 2, pela manhã, Dilton Mendes da Silva, 24 anos.
A vítima estava no ônibus que fazia a linha Lapa-Conjunto Guilherme Marback (Boca do Rio) quando, à altura da Avenida Paralela, três jovens - dois deles menores de idade - anunciaram o assalto. Um outro passageiro reagiu atirando. Nenhum disparo atingiu os assaltantes; dois tiros alvejaram Dilton, que morreu na hora.
Sindicatos, profissionais de empresas de transportes públicos e passageiros especulam sobre a identidade do atirador. “Quem anda armado ou é bandido ou é polícia”, afirmou Ubirajara Sales, diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário da Bahia (Sinttrab).
A opinião é compartilhada pelo presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp), Odair Conceição, que vai além. “Como policiais, eles não podem realizar este tipo de serviço a não ser que estejam em investigação ou então algum tipo de operação da Secretaria de Segurança Pública (SSP)”, lembrou Odair Conceição.
Para o titular do Gerrc, Antônio Cláudio Oliveira, as informações de que mortes no interior dos coletivos vêm sendo orquestradas por policiais civis e militares são “meras especulações”. “Até hoje, nenhuma informação que provocasse uma investigação nossa nesse sentido chegou na delegacia”, afirmou Antônio Cláudio Oliveira.
Até segunda-feira o delegado decide se divulga para os veículos de comunicação as imagens da fita que registrou todo o ocorrido. “Vamos analisar se a fita tem imagens em boas condições. Senão, ela (a fita) será encaminhada ao Departamento de Polícia Técnica (DPT)”, explicou o titutar do Gerrc, que também avisou que as imagens só serão divulgadas se for avaliado que esse procedimento não irá atrapalhar as investigações para se chegar ao autor dos disparos.
COMOÇÃO – Na manhã desta sexta-feira, 3, familiares foram ao Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR) para liberar o corpo de Dilton Mendes da Silva. O clima era de revolta. “Espero que seja feita Justiça. Queremos ver essa fita”, declarou Dilson Mendes da Silva, irmão da vítima.
Fonte: Jornal A Tarde
O sepultamento do jovem, que foi a nona pessoa a morrer por conta de roubo em ônibus em Salvador, este ano, foi às 11 horas de sexta, no Cemitério de Brotas, e foi acompanhado por amigos e familiares da vítima. Durante todo o período do enterro, a mãe de Dilton, Domingas Mendes da Silva, 60 anos, foi amparada pelos filhos e parentes.
PEIXEIRAS – Os ladrões, Leonardo Muniz, 18, e dois adolescentes, de 15 e 16 anos, foram capturados ainda na quinta-feira, momentos após o assalto. Os três assaltantes entraram no ônibus da empresa Central no ponto da concessionária Grande Bahia, na Paralela. Segundo relato do cobrador, um pagou e foi para a frente do veículo, enquanto os outros dois tiravam de um saco duas facas peixeiras e anunciavam o assalto. Após tomar o dinheiro do caixa, foram saquear os passageiros. Um deles sacou a arma e começou a atirar.
Duas balas atingiram Dilton no ombro e na face esquerdos. Assaltantes e o passageiro que reagiu fugiram. Os bandidos foram presos depois, enquanto buscavam atendimento médico em unidades de Salvador.
TRABALHADOR – Dilton trabalhava em uma mercearia no fim de linha do Conjunto Marback, para onde se dirigia quando ônibus em que estava foi assaltado. O dono do estabelecimento, seu Zé (ele preferiu não dar seu nome completo) afirmou que se tratava de “uma pessoa maravilhosa, que nem levantava a voz”.
Depois de 11 anos de namoro, Dilton se preparava para casar com a jovem Luciane araújo, 23 anos, de quem era noivo. “Ele era um menino sereno, trabalhador”, resumiu a irmã da vítima, Elicleia Silva.

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