EMAA - Educação, Meio Ambiente e Administração: Twitter lidera gafes eleitorais on line na campanha 2010

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Twitter lidera gafes eleitorais on line na campanha 2010


A utilização massiva da internet foi uma das novidades da campanha eleitoral de 2010. Como  experiência piloto em pleitos nacionais, o uso pioneiro carrega os deslizes característicos de uma primeira tentativa. No  twitter foi onde as gafes cometidas pelos candidatos ficou mais evidente.

Entre os que demonstraram não dominar a etiqueta virtual do uso da ferramenta, o presidenciável José Serra (PSDB) pode ser considerado o autor da gafe do ano. Em 29 de agosto, Serra divulgou em seu perfil no microblog uma mensagem convocando “os nordestinos que vivem em São Paulo” a “enviarem cartas aos parentes do Nordeste contando do seu governo”. Em resposta irônica, alguns de seus seguidores postaram no microblog que, “além de cartas, os nordestinos de São Paulo podem mandar e-mails para os seus parentes do Nordeste pedindo voto” e que poderiam “pedir voto pelo twitter também” e “pelo telefone”. A fala do tucano deixou entre os seus seguidores a desconfiança em relação a crença dele de que os nordestinos não saberiam usar ferramentas da internet.

Marina Silva (PV), evangélica, e que em 14 de setembro atingiu a marca de 200 mil seguidores no Twitter,  também viveu uma saia justa virtual envolvendo questão religiosa, devido a repercussão de seu “tweet” da morte do escritor português José Saramago. Quando soube do falecimento de autor, Marina publicou em seu perfil no twitter: “Morre José Saramago. O mundo perde um grande escritor e os países da língua portuguesa, o nosso primeiro prêmio Nobel”. Alguns de seus seguidores criticaram a postagem da ex-senadora pelo Acre, com as mensagens “como podemos lamentar a morte de uma pessoa que blasfemou contra Deus a vida toda?” e “grande escritor é muito subjetivo. Alguém que não respeita a fé alheia não é exatamente um grande escritor”.

A assessoria de campanha da candidata do PV à presidência retwitou as mensagens para que, posteriormente, Marina publicasse sua opinião quanto às declarações dos que criticavam Saramago. Porém, a assessoria não atentou para o fato de, no Twitter, o retweet puro e simples de uma mensagem pode significar concordância com o que foi dito por outra pessoa.

Feedback - Para Lucas Reis, mestrando em Marketing Político pelo POSCOM-UFBA, “nas mídias sociais especificamente, você tem a questão de que uma gafe acaba sendo replicada e reapropriada. O problema é que os feedbacks às vezes são muito rápidos. O candidato tem um insite ou recebe uma provocação e tenta dar uma resposta de forma muito rápida e acaba não pensando em como aquilo pode ser interpretado”.

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