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terça-feira, 22 de março de 2011
Fonte inicial do abastecimento de água em Salvador está cheia de lixo
Portões fechados e o mato crescido indicam que o Parque do Queimado não está ocupado. Ao lado está a fonte do Queimado, conjunto tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1996. O manancial que iniciou o sistema de abastecimento de água em Salvador a partir do estabelecimento da Companhia do Queimado, em 1852, está dominado por lixo.
O cenário contrasta com a comemoração, nesta terça-feira, 22, do Dia Mundial da Água. Data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para promover a conscientização pública sobre conservação e desenvolvimento de recursos hídricos. O fundador da ONG Centro de Memória da Água, o escultor Astor Lima, 73 anos, pleiteia junto a órgãos públicos a transformação da área no Parque Nacional das Águas.
Seria um modo de revitalizar o local, de ter recursos para fazer projeto de reforma, afirma. “Pedimos apoio para federalização. Ali se encontra a melhor água de Salvador. A nascente foi descoberta por jesuítas no século XVII e edificada em 1801. Em 1838, passou por grande reforma. A área do parque foi construída em 1853 e pertence atualmente à Embasa (Empresa Baiana de Água e Saneamento)”, informou.
Abandono - Na entrada principal do parque, há uma placa, já desgastada, informando que será construído o Centro de Cultura da Embasa. Na manhã desta segunda, havia apenas um vigilante. Junto ao acesso à fonte, baldes e esponjas de lavadores de carro que utilizam a água do minadouro para trabalhar e que às vezes limpam o local.
Astor apresentou documentos de encaminhamento da solicitação para o Ministério da Cultura/Iphan, secretarias estaduais de Cultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, enviado em novembro do ano passado. O artista plástico gostaria também que o espaço voltasse a ser administrado pelo Centro de Memória de Água, que foi afastado da gestão em 2004.
Projeto pronto - A Embasa, por meio da assessoria de imprensa, informou que há um projeto de revitalização para o espaço, mas não foi aprovado pelo Iphan. Mas informou ainda que já existe projeto da Embasa para transformar o Parque do Queimado em uma área de trabalho da empresa. O projeto já foi orçado e os recursos alocados, mas ainda não há previsão para execução do projeto.
A assessoria de comunicação da Superintendência Municipal de Conservação e Obras Públicas (Sucop) avisou que enviará um fiscal nesta terça ao local para fazer uma vistoria das ações necessárias.
Fonte: Jornal A Tarde
às
04:30


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